Texto: Luciano Aguiar, diretor de Gestão Estratégica da Etipi
O documento principal que proporciona um arcabouço para o planejamento da gestão governamental é o Plano de Governo. Cabe às secretarias, empresas públicas e autarquias traçarem suas ações a partir de seu planejamento estratégico.
O planejamento estratégico é o instrumento institucional que orienta uma organização na definição de suas metas e nas ações necessárias para atingi-las. Ele analisa os cenários e os recursos disponíveis, servindo como fundamento para a inovação e adaptação em um mercado dinâmico.
Dessa forma, é preciso entender que a gestão estratégica pública não é executada somente pelo seu líder, mas pelo comprometimento de todos os envolvidos. A equipe deve compreender que, apesar de ser um órgão governamental ou uma empresa pública, temos clientes – no nosso caso, o cidadão e a própria gestão pública.
Todavia, para que exista o envolvimento de todos, deve-se criar a cultura do planejamento estratégico. O dicionário Michaelis define cultura como o conjunto de conhecimentos adquiridos, como experiências e instrução, a exemplo do PMI.
Peter Drucker, considerado o pai da administração, tem uma frase muito assertiva que caracteriza o impacto da falta de cultura em uma organização: “A cultura come a estratégia no café da manhã”. Esta citação é um alerta aos gestores públicos para que priorizem e cultivem a cultura de sua organização; caso contrário, qualquer estratégia será engolida por ela.
Dessa maneira, a Empresa de Tecnologia da Informação do Piauí (Etipi) elaborou seu planejamento estratégico, que será lançado oficialmente neste semestre. Este documento é fruto de um conjunto de oficinas e entrevistas com todos os membros da Etipi.
Como instrumento para a criação da cultura do planejamento estratégico organizacional e disseminação das ações institucionais da Etipi, foi criado o programa denominado Sexta Estratégica, no qual, a cada sexta-feira, será publicado algum tipo de mídia ou conteúdo com essa temática.
Assim, toda a equipe passará a entender a identidade estratégica do órgão, os objetivos estratégicos, as ações e a própria preparação para possíveis riscos, tornando a gestão pró-ativa e eficiente. Parafraseando William Deming: “Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, e não há entrega governamental efetiva do que não se gerencia.”
Diante do exposto, buscaremos, como uma equipe uníssona, alcançar nossa missão, que é: desempenhar um papel de fortalecimento da governança digital, liderando iniciativas em inovação e transformação digital baseadas em Tecnologias da Informação e Comunicação.